Duvida Rota default para Endereço que não é next hop

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Michaelnoardo
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Duvida Rota default para Endereço que não é next hop

Mensagem por Michaelnoardo » 10 Nov 2009, 16:04

Olá pessoal,
Quando é possivel criar uma rota apontando para um endereço que esta 8 saltos depois ?

O caso é o seguinte,
Em uma rede MPLS a Casa "A" esta ligada a casa "B" , a Casa B tem tambem Saida de internet, por outro link.
Casa A = 172.20.10.1
Casa B= 192.168.250.10


Ligo para o provedor MPLS e digo que a rota default da Casa A deve apontar para casa B, fazendo com q a Casa A passe a usar a internet da Casa B, assim aprovetando o MPLS e economizando não tendo que adquirir outra internet para Casa A.

foi feito a configuração com o Provedor e tudo funcionou, agora a casa A tem internet saindo pela casa B,

Mas.....

Quando me mandaram a conf do router para eu ver eles simplesmente colocaram uma rota Default assim
S* 0.0.0.0 0.0.0.0 192.168.250.10

quando dou um tracert ele me mostra mais de 10 hops entre as duas casas, nesse caso ele não deveria fazer uma rota default mandando para o proximo HOP e assim em diante até chegar na Casa B????
Nós ligamos o mundo

brunosf
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Mensagem por brunosf » 10 Dez 2009, 16:55

michael n entendi muito o q você falou mas pelo o q eu entendi é q você quer um rota padrao para um endereço q esta a varios saltos de você certo?? pois bem uma rota padra é o ultimo recerso de rota de um roteado quando ele tem um endereço q n consta em sua tabela de roteamento ou seja ele ira manda apenas para o proximo gateway ou proximo salto o q você precisa fazer é colocar todos os gateway ate chega a sua rota destino q no caso você fara com rotas estaticas n rota padrao blz. espero ter ajudado um pouco abraços

:lol:
Bruno Sobreira Ferreira

ronaldobf
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Mensagem por ronaldobf » 12 Dez 2009, 00:42

Se o default gateway de um é o IP do outro site, acredito que não há qualquer problema.

Pelo que entendi, você possui um link contratado para interligar dois sites. Este link, na nuvem, é MPLS.

O que acontece, é que o provedor fornece este link como se fosse ponto-a-ponto para você.

No roteador de borda do provedor, eles redistribuem seu protocolo interno para BGP, que será usado para fechar um peer com seu outro site.

BGP não é um protocolo de rotamento como EIGRP, OSPF, RIP, ISIS, etc... O BGP, na verdade, fecha uma conexão TCP com um peer remoto, que não necessariamente estão diretamente conectados. Isso é muito comum nos provedores. Quando dentro de um mesmo AS (iBGP) podemos encarar que ele é dependente de outros protocolos de roteamento internos para poder funcionar corretamente (existem diversas técnicas, mas, no geral, é assim para iBGP). Estes protocolos igp carregam o tráfego BGP de um ponto a outro.
Originalmente, o BGP é um protocolo path-vector usado para comunicação inter domain (inter AS), isto é, usado para comunicar-se com outros AS (eBGP). Ele é o melhor protocolo quando falamos em EGP (external gateway protocol).
OSPF, ISIS, RIP, EIGRP, são todos IGP (internal gateway protocol) que não são usados para comunicação inter AS.

Este roteador de borda do provedor, usa VRF para isolar a tabela de roteamento de cada cliente. Isso faz com que cada cliente tenha sua própria tabela de roteamento (múltiplas tabelas de roteamento, independentes umas as outroas, inclusive, podendo ter subnets repetidas, desde que uma em cada tabela).

O provedor, já nos roteadores internos, usam um protocolo de roteamento, como OSPF, EIGRP, ISIS, etc... este, serve apenas para carregar o tráfego BGP de um ponto a outro (como disse, BGP é baseado numa conexão TCP, usa-se a porta 173, e ele é capaz de fechar peer não diretamente conectado, bastando que os dados BGP sejam capazes de chegar ao seu destino). No seu caso, do site A para site B.

O Provedor, om exceção dos roteadores de borda, não é capaz de ver o que ali trafega. Ele apenas carrega tráfego de um ponto a outro.

Por fim, nos roteadores internos do provedor, configura-se MPLS/TDP para que os roteadores participantes deste ambiente não tenha que fazer consultas nas tabelas de roteamento, fazendo assim, que o processo de roteamento seja muito mais rápido e use menos recursos dos equipamentos.


Do ponto de vista do cliente, é como se o roteador de borda do site A estivesse diretamente conectado ao site B.

Como tudo é um conjuto de tecnologias, técnicas, design e protocolos, é muito complicado explicar aqui passo-a-passo, de forma mais detalhada, como tudo funciona. Mas a idéia principal é esta:

- Do ponto de vista do customer, os roteadores de borda se mostram como diretamente conectados.
- Do ponto de vista do provedor, ele não é capaz de "ler" o tráfego do cliente (roteadores internos).

Abraços,
Ronaldo A. Bueno Filho

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